terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Tolerância X Aceitação


Tem sido propalada com grande alarde a necessidade de tolerância – seja ela comportamental, religiosa, moral ou a qualquer outro tipo de critério que estabeleça uma distinção entre certo e errado.  Na verdade o próprio conceito de certo ou errado tem sido substituído por aceitável ou não aceitável, conveniente ou inconveniente. 
Espera-se tolerância a tudo, desde todo tipo de idéia, conduta, credo religioso à tolerância ao comportamento homossexual.  A tolerância é considerada uma espécie de panacéia - um antídoto a todo tipo de preconceito, racismo e outros males da humanidade.  O cidadão “intolerante” é então visto como um anti alguma coisa – um marginal da sociedade igualitária e tolerante.
Leis que coíbem a intolerância têm sido feitas e não falta até quem use textos bíblicos para apoiar a necessidade de tolerância, citando que Jesus convivia muito bem com todo tipo de pecador.
De repente nos vemos numa situação em que, na verdade, o que se está se impondo não é tolerância, mas aceitação.  Tolerância significa “atitude de admitir a outrem uma maneira de pensar e agir diferente da adotada por si mesmo”.  Já aceitação significa conceitualmente aprovação.  Portanto, tolerar e aceitar são atitudes muito diferentes.
O argumento da tolerância tem sido uma desculpa pra exigir-se aceitação de muitas atitudes ou conceitos que contrariam o senso comum e a ética que sustentou nossa civilização, tornando-se um “cala boca” generalizado.  A universalização da atitude “tolerante” nos impediria de expressar contra qualquer tipo de conduta que julgássemos errada, pois seus praticantes sempre poderiam alegar que não estamos sendo tolerantes. 
Assuntos da nossa realidade atual como as cotas raciais (que oficializa o racismo no Brasil) é visto como um avanço social incontestável.  Contestá-las é colocar-se na posição de retrógrado ou mesmo "defensor das elites".  Ou seja, você tem que aceitar e nem pesar em discordar.
Mais do que isso, temos sido forçado aceitar atitudes contrárias aos nossos próprios conceitos.  O exemplo mais flagrante é sobre o comportamento homossexual.  Não é possível se posicionar abertamente contra o homossexualismo sem correr o risco de ser processado por preconceito e discriminação – afinal “é preciso tolerância”. 
Mais recentemente temos o caso das cracolândias, em que se tem criticado a intenção de internação compulsória dos viciados.  Como uma sociedade organizada pode assistir impassível a uma legião de zumbis se autodestruindo e ainda dizer que eles teem direito disso?  Direito de violar a lei?  Direito de roubar para sustentar o vício?  Tolerância para com aqueles que abriram mão de sua dignidade e sanidade em troca do vício?  Todos teem direito, mas e os deveres e responsabilidades para onde foram?
Aquilo que julgamos ser essencialmente errado não é preconceito e sim conceito.  Temos que admitir a existência do falhas e tendências ruins em nossas vidas, mas isso não significa aceitá-las.  Se devemos controlar nossas más ações/tendências e estimular as boas e virtuosas, com respeito aos outros não é diferente.  Tolerância deve significar que não os vemos como inimigos, mas como pessoas que, como nós, precisam mudar de rumo para alcançar uma vida plena de significado e virtude. 
 
A postura correta precisa ser bem clara: Tolerância sim, aceitação não.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Quem Não Deve Não Teme




“quem não deve não teme”
Assim, minha mãe definia que não há nada a esconder para quem tem uma vida honesta e justa.   Hoje vejo como ela estava errada.  Conhecimento é uma forma de poder.  Não é a toa que Sun Tsu, em sua famosa obra A Arte da Guerra, já preconizava o uso de espiões para que um exército fosse vencedor.  Saber onde está a força de seu oponente bem como suas fraquezas, como se comportam etc. são informações cruciais para derrotá-lo.  Isso não se aplica somente à guerra ou mesmo à concorrência entre indivíduos .  Estados totalitários utilizam-se das informações pessoais para controle dos mesmos.  Isso já havia sido alertado (eu diria profetizado) no famoso livro 1984 de George Orwell.   Até mesmo uma maldade planejada por alguma alma pequena que quer prejudicar um desafeto pode ser realizada com o fruto do conhecimento do simples dia a dia de sua “vítima”.
Na atualidade  temos uma versão mais tecnológica da “tele-tela” (1984) que são as redes sociais.  Pessoas ingênuas ou talvez exibicionistas postam todo tipo de informação pessoal .  Quando alertadas para esse perigo, respondem como minha mãe: e daí ? e não estou fazendo nada errado?   Ledo engano.  Está erradíssimo colocar qualquer tipo de informação pessoal.  Desde onde você passa ou vai passar as férias, quantos filhos tem, onde trabalha e por aí vai.  Informações desse tipo estão sendo usadas por ladrões quando planejam um roubo ou sequestro (mesmo virtual).  Empresas vasculham a vida de seus empregados.  Não há limites para o uso de informações.
Portanto, quando menos se souber do indivíduo melhor para ele
Mesmo não devendo nada é preciso temer sim...

Ano novo e novidades!


Estive pensando e fiquei bastante em débito com quem passa aqui de vez em quando na esperança de ler alguma postagem nova. Desta forma, procurei alguém com os mesmos valores que eu para também colaborar com o blog. No caso, o sr. Heisenberg! Sim, o sr. Heisenberg passará a escrever para este blog também a partir de hoje.

É isso!